domingo, 18 de dezembro de 2011

Flor no Asfalto

Intervenção Urbana

Conj. Cidade Nova - Bairro do Coqueiro

Conjunto Cidade Nova, cidade dormitório projetada no final da década de 70. Lugar de um crescimento desordenado. Onde antes haviam cercas de madeira, mato e igarapé, hoje encontramos concreto, asfalto, violência e comércio. Os anos se passaram, e as brincadeiras de muleque hoje, não passam de lembrança, assim como as corridas de bicicletas da galera da Equipe Light (E.L) pelas ruas, becos, trilhas e passarelas, que hoje, são de propriedade privada. Tudo virou comércio, e a especulação imobiliária está cada vez mais nervosa assim como a galera na correria pra ganhar o pão de cada dia. As ruas, apresentam um trÂnsito louco, perturbante em um ir e vir constante. As buzinas, freiadas e imprudência é GERAL!







ClicLoVida : Uma Flor no asfalto na Newcity hoje, dia 18/12/2011. De manhã, movimento da feira, sol esquentando, suor escorrendo, as pessoas atraidas pela estranheza da estrutura itinerante, que por si tenta fazer o que a prefeitura, governo soberano (o Estado) ao qual as pessoas estão subordinadas, deveria. Já que o trânsito desta pequena é ainda menor do que a também menor, Belém: Ananindeua. Cidade-dormitório-Nova de antes, e agora newrichs, com seus não bastantes... Carros, que continuam não respeitando a vida nem sobre as duas pernas e o peso do mundo nas costas, avalie sobre duas rodas?!
O que faz esta estranha-engenhoca-de-sucata-genial, é demarcar o espaço do homem, que não deveria ser o consumo, mas deixando o dever ser para Kant: o espaço do homem,  que anda sobre duas rodas na correria  de nossa vida.  São ciclovias sinuosas, tal qual a Verdade.
( poeminha filosófico, para a Uma Flor no Asfalto, que é uma bicicleta do Fernando.) Bruna Suelen.

sábado, 19 de novembro de 2011

em trânsito

as peças ganharam uma forma inusitada
amontoaram-se livremente uma sobre as outras
um surto se instalou com o tempo que se foi
agora na cidade, pronto para brincar vou me instalar
de nada pode alterar essa ganância de matar
dos homens máquinas cada vez mais loucos

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

uma flor no asfalto

iniciado o processo, todos os resíduos passaram a fluturar novamente.
no fluxo entre os lugares, fragmentalidades fundia-se a paisagem turba e passante.
a máquina rosnava, fazendo tremer o corpo. trepidação
imerso nas coisas do cotidiano, no frenesi constante, tudo passa, e as imagens ficam. arquétipos. memória.
o tom morto da superfície do asfaldo, dita o rítimo.
espelhado, manchado, rachado.
fissuras sobre rupturas provocadas pelo tempo.
tormento, lamento, enchurrada.
sons de buzinas que não param.
ressonâncias do desespero individualista narcizista do homem moderno.
atrito.
tração.
força.
colisão.
chão.
terra abençoada. lugar prometido, já diziam os populistas.
correnteza fluente, salpicando em toda gente.
lado oculto da máquina cerebrofuncional patético chamado homem.
no asfalto, pode se ver lá do alto o aglomerado de corpos a se contorcer diante da carne.

sujos diários de uma cidade. cobertores do improviso no impresivel choque.
o tempo passou, isso foi o que restou. nada mais importa. basta esperar e observar.
o filme passa lá fora e o vidro está embaçado agora.
não o conheço, nunca o vi.
mais uma flor que desabrocha.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CicloVida: uma flor no asfalto

Um traçado atravessado por questionamentos sobre a prática da arte no âmbito político-estético de intervenção direta nos espaços públicos. Ciclovida, parte de uma proposta de reivindicação das vias de trânsito (destinado prioritariamente ao automóvel) para meios alternativos de transporte; ciclistas, skat, patins entre outros. Caracteriza-se como uma forma de intervenção urbana itinerante, com ações aleatórias préiamente mapeadas realizadas em ruas e avenidas da cidade de Belém e região metropolitana. Tem por finalidade construir “linhas imaginárias de tolerância”, demarcando espaços físicos no chão para provocar de alguama maneira, a reflexão sobre o direito a locomover-se na cidade utilizando outros meios para o transporte . A intervenção consiste em provocar a opinião pública, incluindo motoristas e ciclistas, sobre a importância da criação de espaços como ciclofaixas para um melhor transito na cidade e uma relação mais humana entre os transeuntes. 

Descrição da estrutura: a estrutura é constituída por peças coletadas em sucatarias, foi produzida especialmente para pintura de fixas de cores no chão. Tem como base três rodas, onde uma funciona como um rolo para fixar a tinta expelida pelo jato anexado a bomba de pressão de ar.